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Inglês fluente

  • por: Bruna
  • 2 de mar. de 2015
  • 4 min de leitura

Afinal de contas o que é o tal inglês fluente?


A necessidade de falar uma segunda língua combinada com a massiva internacionalização da língua inglesa, acabam gerando uma grande pressão para “dominarmos” a língua e joga cada vez mais pessoas na busca pelo famoso ‘inglês fluente’. Mas afinal de contas, o que é ‘inglês fluente’?


A maioria de nós busca um programa de intercâmbio como o Au Pair como uma forma de alcançar fluência na língua, e o programa gera um monte de ansiedade e insegurança por causa dos testes de inglês, por causa do monte de formulários, por causa do vídeo, por causa da entrevista com as famílias. E ficamos sem saber que inglês é melhor aprender, qual inglês é mais certo, se a pronúncia deve ser igual a dos nativos, o quanto de vocabulário devemos saber, e isso tudo vai fazendo crescer o monstro de ansiedade dentro da gente.


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Primeiro de tudo quero começar deixando claro que tudo que eu disser aqui é minha opinião pessoal, fruto da minha experiência, e não quero de forma alguma dar a entender que isso seja uma verdade absoluta. Sim eu sou formada em Letras e é claro participei de uma inúmeras discussões sobre esse assunto, mas não quero nem tenho gabarito para fazer artigo acadêmico sobre isso, então vou tentar ser bem básica e direta (Coisa que acabei de não ser kkkkk)


O inglês é uma língua que se internacionalizou de maneira estrondosa nos últimos anos, é chamada de língua franca, de língua internacional, entre outros, e é um grande pré-requisito para se dar bem no mercado de trabalho, logo existe muita pressão para aprender a falar inglês bem, inglês perfeito, o famoso inglês fluente.

Eu faço uma clara distinção entre inglês fluente e inglês native-like (falar tão bem quanto um nativo, especialmente em relação à pronúncia). Para mim você não precisa falar como um nativo para ser fluente. Para mim ser fluente é conseguir se comunicar de maneira eficiente tanto na língua escrita como na falada, é compreender e ser compreendido, e isso nada tem a ver com imitar bem um sotaque americano ou britânico.


Em relação a pronúncia devemos ter em mente que não existe sotaque certo e muito menos sotaque melhor. A Inglaterra e os EUA não são os únicos países em que inglês é a língua nativa, ou vamos dizer que os australianos falam inglês errado porque o sotaque deles não é igual ao de um americano. Além disso muitos falantes de inglês como segunda língua preferem manter seu sotaque da língua materna como uma forma de afirmação de sua identidade. Isso é muito comum em pessoas que se mudam permanentemente para um país e precisam aprender a língua do lugar, mas de certa forma não querem perder os laços com a língua materna.


Uma coisa que me irrita muito é ouvir dizer “fulano não sabe falar inglês porque não sabe pronunciar que nem americano” ou “ou fulano não fala bem porque tem muito sotaque [da língua materna]”. Gente que bobeira, o que define a fluência da pessoa é a capacidade de pronunciar sons distintivos na língua e, acima de tudo, de se fazer compreendido.

Em relação à gramática e ao uso da língua, eu acredito que você tem que ter em mente quais são seus objetivos com a língua. No meu caso, por exemplo, sou formada em Letras Inglês e além de ser professora da língua sonho em seguir uma carreira acadêmica na área, então é lógico que eu sou muito mais neurada com meu inglês e me preocupo em aprender muito sobre a gramática e o funcionamento da língua em geral. Se um aluno meu me pergunta por que tal coisa é assim e não assado em inglês o ideal é que eu saiba né? (E quando não sei pesquiso).


Agora se você só quer saber inglês para turismo, será mesmo que é tão necessário assim saber os meandros da sintaxe da língua inglesa? Se você precisa de inglês para ler manuais técnicos na sua profissão, talvez você foque mais na habilidade de leitura e vai precisar desenvolver um vocabulário bem extenso. Se você precisa redigir relatórios para a matriz da multinacional em que trabalha, vai precisar sim caprichar nos floreios e borrões e escrever bem bonitinho com todos os pingos nos Is.

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E é por isso que não existe fórmula mágica para aprender inglês, não existe forma pasteurizada de ter o inglês ideal. Minha dica é: analise sua realidade e qual será o papel do inglês na sua vida. Deixe o medo para trás, trace objetivos, tenha foco e faça sempre o seu melhor. Não fique achando que seu inglês é ~horrível~ porque você não consegue pronunciar tão bem aquele bendito th, ou porque você demora um pouco mais para entender o que te dizem. E aproveite muito esse um ano que você terá como Au Pair para agarrar o boi pelo chifre e alcançar todos os seus objetivos.



Para quem se interessar, vou deixar alguns links sobre o assunto do inglês como língua internacional.

Beijo e até a próxima, Bru

 
 
 

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